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Quais as Sequelas que a Dengue Pode Causar?

Sequelas que a Dengue Pode Causar
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Sequelas que a Dengue Pode Causar. Com a alta nos casos de Dengue em território nacional, muitas pessoas voltaram a ter dúvidas sobre essa doença. Um dos principais questionamentos é sobre quais sequelas essa condição pode causar após afetar uma pessoa.

Se você ainda tem dúvidas sobre a Dengue, ou deseja saber mais sobre seus sintomas, diagnóstico, formas de prevenção e até mesmo quais sequelas a dengue pode causar, continue a leitura deste artigo e esclareça seus questionamentos.

A Dengue

A dengue é uma doença viral transmitida principalmente pela picada de mosquitos do gênero Aedes, especialmente o Aedes aegypti. Estima-se que no Brasil os ciclos endêmicos e epidêmicos da Dengue ocorrem a cada 4 ou 5 anos.

O ano de 2012 foi o mais crítico, onde aproximadamente um milhão de casos da doença foram notificados. Existem quatro sorotipos diferentes do vírus da dengue (DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4), todos eles são capazes de causar doença em seres humanos.

Principais Sintomas

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Os sintomas da dengue podem variar de leves a graves e geralmente se manifestam de 4 a 10 dias após a picada do mosquito infectado. Os sinais mais comuns incluem febre alta, dores de cabeça intensas, dores musculares e articulares, dor atrás dos olhos, náuseas, vômitos e erupção cutânea.

Em casos mais graves, a dengue pode levar a complicações sérias nos mais diferentes órgãos

  • Coração
    • síndrome de choque da dengue
    • Arritmias (bradicardia ou taquicardia sinusal, Bloqueio atrioventricular, bloqueio de saída sino-atrial, bigeminismo e/ou trigeminismo ventricular, taquicardia supraventricular paroxística, fibrilação atrial)
    • Miocardite,
    • Pericardite
    • Derrame pericárdico.
  • Gastrointestinal
    • Insuficiência hepática aguda,
    • Colecistite acalculosa,
    • Pancreatite aguda
    • Úlceras gástricas hemorrágicas
  • Rins
    • Falência renal aguda
  • Respiratório
    • Síndrome do desconforto respiratório do adulto,
    • Pneumonite/bronquiolite
    • Hemorragias pulmonares
  • Hematológico
    • Esplenomegalia,
    • Linfo-histiocitose hemofagocítica,
    • Anemia aplástica
    • Púrpura trombocitopênica trombótica

Diagnóstico e Tratamento

O diagnóstico da dengue geralmente é feito com base nos sintomas clínicos e em testes laboratoriais, como testes de sorologia realizados para detectar a presença de anticorpos específicos contra o vírus da dengue IgG ou IgM dependendo do tempo de sintomas, proteína viral, mas especificamente o NS1 ou PCR (reação em cadeia da polimerase) para  detectar o material genético do vírus da dengue geralmente realizadas no sangue do paciente.

Apesar de não existir um tratamento específico para a condição, a terapêutica geralmente envolve o alívio dos sintomas, como a administração de medicamentos para reduzir a febre e a dor, manter a hidratação adequada e repouso.

Em casos mais graves, pode ser necessário tratamento hospitalar para monitoramento e suporte médico, incluindo verificação frequente da pressão arterial, contagem de plaquetas e função hepática.

Sequelas que a Dengue Pode Causar

A dengue pode causar uma série de complicações e, em alguns casos graves, pode levar a sequelas. Após se recuperar da dengue, algumas pessoas podem experimentar fadiga prolongada e fraqueza por semanas ou até meses. Isso pode interferir nas atividades diárias e na qualidade de vida.

  • Osteoarticulares
  • Síndrome de dor pós dengue
    • Artralgia (dor nas juntas)  e/ou mialgia (dor muscular)
      • podem persistir por um período prolongado após a infecção aguda por dengue
  • Complicações neurológicas
    • Cefaléia pós dengue
      • Podendo chegar a crises de enxaqueca típicas mesmo em quem não tem doença prévia
  • Mononeuropatias
    • Paralisias de nervos cerebrais (cranianos)
    • Neurite óptica,
    • Paralisia do nervo oculomotor,
    • Paralisia isolada do sexto nervo,
    • Paralisia isolada de Bell,
    • Neuropatia torácica longa
    • Paralisia isolada do nervo frênico
  • Acidente vascular cerebral isquêmico
  • Acidentes vasculares cerebrais hemorrágicos
  • Alterações oculares pelo envolvimentos dos vasos oculares
    • maculopatia,
    • visão turva,
    • escotoma,
    • moscas volantes,
    • hemorragias subconjuntivais,
    • uveíte,
    • vitrite,
    • hemorragias retinianas,
    • alargamento venular da retina,
    • dimensão vascular retiniana superior,
    • revestimento vascular retiniano,
    • manchas do epitélio pigmentar da retina,
    • vasos tortuosos,
    • neuro-retinopatia macular aguda,
    • macular,
    • intra- edema retiniano,
    • manchas algodonosas,
    • mancha de Roth,
    • descolamento de retina,
    • retinocoroidite,
    • neurorretinite,
    • derrame coroidal,
    • neovascularização coroidal,
    • inchaço e neurite do disco óptico,
    • paralisia do nervo oculomotor
    • panoftalmite
    • Fraqueza neuromuscular aguda
  • Encefalite (inflamação do cérebro),
  • Meningite
  • Inflamação das membranas que cobrem o cérebro e a medula espinhal
  • Síndrome de Guillain-Barré
  • Doença autoimune que afeta o sistema nervoso
  • Paralisia hipocalêmica
  • Tetraplegia flácida sem paralisia de nervos cranianos e sem comprometimento esfincteriano com queda potássio no sangue
  • Miosite aguda
  • Rabdomiólise
  • Síndrome do tipo Miller-Fisher com anticorpo anti-GQ1b negativo
  • Síndrome de Encefalopatia Posterior Reversível
  • Mielite aguda transversa
  • Encefalomielite disseminada aguda
    • Convulsões,
    • Alterações sensoriais
    • Déficits neurológicos focais.
  • Aumento do risco de distúrbios de saúde mental (especialmente em dengue grave)
    • Ansiedade
    • Depressão

 

A Prevenção

Atualmente, os meios de prevenção contra a dengue são principalmente medidas para controlar a população de mosquitos, como eliminação de criadouros de água parada ao redor das casas, uso de telas nas janelas, uso de repelentes de mosquitos e uso de roupas que cubram a maior parte do corpo, juntamente com as campanhas de imunização ( vacina contra a Dengue) para a aplicação de doses contra a doença.

Se você deseja saber mais sobre como se proteger contra a dengue e suas sequelas continue navegando pelo nosso blog e não deixe de buscar ajuda do seu médico infectologista de confiança .

Fontes:

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Dra. Keilla Freitas
CRM-SP 161.392 RQE 55.156-Residência médica em Infectologia pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) com complementação especializada em Controle de Infecção Hospitalar pela USP (Universidade de São Paulo); Pós-Graduação em Medicina Intensiva pela Universidade Gama Filho; Graduação em Medicina pela ELAM, com diploma revalidado por prova de processo público pela UFMT (Universidade Federal do Mato Grosso); Experiência no controle e prevenção de infecção hospitalar com equipe multidisciplinar no ajustamento antimicrobiano, taxa de infecção do hospital e infectologia em geral, atendendo pacientes internados e com exposição ao risco de infecção hospitalar; Vivência em serviço de controle de infecção hospitalar, interconsulta de pacientes cardiológicos e imunossuprimidos pós-transplante cardíaco no InCor (Instituto do Coração) ; Gerenciamento do atendimento prestado aos pacientes internados em quartos e enfermarias, portadoras de doenças crônicas e agudas com necessidades de cuidados e controles específicos.


https://www.drakeillafreitas.com.br/quem-somos/

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