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HIV em idosos

HIV na Terceira Idade - Como se Prevenir?
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O número de HIV em idosos cresceu 103% nos últimos dez anos.

O HIV continua sendo uma das mais sérias ameaças à saúde global de nosso tempo. Em 2017, 1,8 milhão de pessoas foram infectadas pelo vírus e 940.000 morreram de causas relacionadas à Síndrome da Imunodeficiência Humana ou AIDS, que é a fase avançada da infecção pelo HIV na qual o sistema imune, já deteriorado, não consegue combater microrganismos que habitualmente combatia e o doente entre outras coisas tem infecções graves em qualquer local do organismo.

Muito se tem falado sobre HIV nos últimos anos e tanto a ciência quanto o conhecimento da população em geral sobre o tema já evoluíram muito.  Mas o HIV ainda é um tabu para muita gente em muitos aspectos.

Um exemplo desses tabus, é a infecção pelo HIV nas pessoas idosas. Tabu porque ainda hoje muitas pessoas não conseguem imaginar um idoso tendo uma vida sexual ativa e muito menos, infectando-se por infecções sexualmente transmissíveis como o HIV.

Acontece que com a evolução da medicina em vários aspectos , tanto com relação às formas de prevenção e diagnóstico precoce quanto evolução de formas de tratamento de doenças, as pessoas têm vivido melhor e por mais tempo e esta longevidade associada a uma evolução em tratamentos para disfunção erétil e reposições hormonais para ambos os gêneros acabaram por prolongar também o tempo de vida sexual ativa.

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O problema é que a consciência dos riscos de uma relação sexual não necessariamente acompanham o aumento do desejo de se ter relações sexuais em uma população que nasceu e cresceu numa sociedade na qual falar de sexo já era um assunto proibido quem dirá falar em riscos de infecções relacionadas ao sexo.

Então, se na juventude infecções sexualmente transmissíveis nunca foram uma preocupação, porque depois de idoso seria? 

Na verdade, para muitas dessas pessoas, o HIV surgiu e o conhecimento do ser humano com relação a esta doença assim como todos os avanços científicos ao redor dela, ocorreram de forma totalmente à parte de suas vidas, elas não tomaram conhecimento de nada disso. Então todo aquele pensamento extraordinário totalmente absurdo como “Câncer gay”, “Castigo de Deus aos gays”, “Só pega HIV quem é gay”, entre várias outras barbaridades similares pode ainda estar presente na cabeça de muitos idosos. Se somarmos a isso o fato de que sequer existe uma preocupação de gravidez mais, em que poderia eventualmente justificar o uso de um preservativo, a receita para um aumento das exposições de risco está posta.

E é isso que mostram os dados: segundo o Ministério da Saúde, em mulheres com mais de 60 anos, houve aumento de 21,2% dos casos entre 2007 e 2017, de acordo com dados do Boletim HIV/Aids de 2018. Essa é, inclusive, a única faixa etária entre as mulheres em que a incidência do vírus aumentou. Já na população masculina, o mesmo Boletim mostra um crescimento de mais de 30% dos casos novos de HIV entre homens acima de 60 anos.

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Mas não são apenas os novos casos que engrossam o grupo de idosos vivendo com HIV.

Com todo o avanço nos tratamentos do HIV,  as pessoas que se infectaram pelo vírus HIV na juventude estão também vivendo mais e chegando à terceira idade.

Isso traz um novos desafios para a ciência:

  • O HIV no organismo de pessoas idosas
  • O HIV no organismo de pessoas idosas que não apenas vivem com HIV como também já fazem uso dos medicamentos antirretrovirais por muitos anos.

 

HIV na Terceira Idade - Como se Prevenir?

Quais são os sintomas do HIV em pessoas idosas?

Os sintomas do HIV em pessoas idosas são os mesmos que em uma pessoa jovem. O problema é que os sintomas podem aparecer de forma extremamente variadas e para a maioria das pessoas sequer apresenta sintomas e quando nos damos conta jpa estamos presenciando os sintomas de suas complicações, já da infecção que evoluiu  chegou na fase de doença que é a fase AIDS.

Por outro lado, qualquer sinal de alerta de AIDS em um idoso pode ser confundido com problemas relacionados à propria idade e o diagnóstico segue sendo postergado. 

Como É Feito o Diagnóstico de HIV em idosos ?

O diagnóstico do HIV em idosos também é feito da mesma forma que em pessoas de qualquer idade, com o teste específico, como o anti-HIV 1 e 2.

Em caso de resultado positivo no teste de rastreio, precisa ser realizado um teste confirmatório de outro tipo mais específico como testes moleculares (que identificam o material genético do vírus) ou testes de tipo western blot.

Lembrar que pode ser HIV, mesmo se o paciente for idoso.

Ficar atento a comportamentos considerados de risco como por exemplo ter feito sexo desprotegido ou ter tido contato com objetos cortantes ou espetantes sem conhecer a procedência, pode acelerar o processo de diagnóstico da doença.

O Que Muda Quando O Paciente Tem HIV na Terceira Idade?

Da mesma forma que nossa pele envelhece, nosso sistema imune também e essa queda da imunidade que ocorre nos idosos de forma natural é chamada de imunossenescência, a infecção pelo HIV potencializa o processo de queda natural da imunidade que já ocorre nos idosos, deixando-os ainda mais propensos a infecções oportunistas ou a ter evoluções mais graves de infecções mais comuns nos idosos como pneumonias e infecções urinárias .

Por outro lado, o vírus HIV causa uma inflamação crônica generalizada que ocorre até em quem está em tratamento com carga viral indetectável, porém em quem não está tratado e o vírus está circulando no sangue essa inflamação é exorbitantemente maior.  Então, sem o tratamento essa inflamação grande já faz com que aumente o aparecimento ou potencialize outros problemas muito comuns nessa faixa etária como:

  • Doenças cardiovasculares,
  • Doenças renais, 
  • Diabetes mellitus,
  • Osteoporose,
  • Demência, 
  • Desnutrição,
  • Aumentando a incidência de desfechos como:
    • Infarto,
    • Acidente vascular cerebral,
    • Fraturas, 
    • Aparecimento de vários tipos de câncer

Ao mesmo tempo em que as doenças crônicas podem ser desencadeadas com o vírus, a presença delas também pode afetar a eficácia do tratamento contra o HIV. 

Portanto para o controle de enfermidades como diabetes, hipertensão e colesterol alto, é preciso tomar medicamentos que podem interagir com o tratamento do HIV e tudo isso precisa ser levado em conta.

HIV em idosos – Qualidade De Vida

Cada organismo tem suas particularidades e, por isso, é normal cada pessoa reagir de forma diferente ao tratamento. No entanto, com os avanços medicinais e científicos, hoje já é possível que qualquer pessoa que siga o tratamento indicado por seu médico viva bem com o vírus.

Manter o acompanhamento médico principalmente quando se tem a idade mais avançada é um passo fundamental para garantir a melhora dos sintomas causados pela doença. Sexo não tem idade, segurança e prevenção contra o HIV também não!


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Dra. Keilla Freitas
CRM-SP 161.392 RQE 55.156-Residência médica em Infectologia pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) com complementação especializada em Controle de Infecção Hospitalar pela USP (Universidade de São Paulo); Pós-Graduação em Medicina Intensiva pela Universidade Gama Filho; Graduação em Medicina pela ELAM, com diploma revalidado por prova de processo público pela UFMT (Universidade Federal do Mato Grosso); Experiência no controle e prevenção de infecção hospitalar com equipe multidisciplinar no ajustamento antimicrobiano, taxa de infecção do hospital e infectologia em geral, atendendo pacientes internados e com exposição ao risco de infecção hospitalar; Vivência em serviço de controle de infecção hospitalar, interconsulta de pacientes cardiológicos e imunossuprimidos pós-transplante cardíaco no InCor (Instituto do Coração) ; Gerenciamento do atendimento prestado aos pacientes internados em quartos e enfermarias, portadoras de doenças crônicas e agudas com necessidades de cuidados e controles específicos.


https://www.drakeillafreitas.com.br/quem-somos/

2 thoughts on “HIV em idosos

  1. Dra, Um rapaz na empresa onde trabalho se feriu e o sangue dele caiu sobre a mesa, passamos o pano para limpar mas notamos que ainda havia ficado um mancha seca sobre a mesa. Me apoiei nesta mesa e posteriormente levei acidentalmente as mãos nos olhos. Isto é uma condição de risco? Lembrando que o sangue ja estava seco?!

  2. Dra, Um rapaz na empresa onde trabalho se feriu e o sangue dele caiu sobre a mesa, passamos o pano para limpar mas notamos que ainda havia ficado um mancha seca sobre a mesa. Me apoiei nesta mesa e posteriormente levei acidentalmente as mãos nos olhos. Isto é uma condição de risco? Lembrando que o sangue ja estava seco?!

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