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Vírus Sincicial Respiratório Também Afeta Adultos

Vírus Sincicial Respiratório
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Conhecido principalmente por afetar crianças pequenas e bebês, o Vírus Sincicial Respiratório é altamente contagioso e pode ser transmitido através do contato direto com secreções respiratórias de pessoas infectadas ou através de gotículas respiratórias liberadas quando uma pessoa infectada tosse, espirra ou mesmo fala.

Trata-se de um vírus tão comum que infecta quase todas as crianças antes dos 2 anos de idade. É culpado de 28% das pneumonias em crianças abaixo dos 5 anos de idade

Apesar disso, muitas pessoas ainda se perguntam se esse vírus pode afetar adultos. Para esclarecer esta e outras dúvidas sobre o Vírus Sincicial Respiratório continue a leitura deste artigo.

Vírus Sincicial Respiratório o Que É

Também chamado de VSR, o Vírus Sincicial Respiratório pertence à família Paramyxoviridae e ao gênero Pneumovirus, sendo uma das principais causas de infecções respiratórias em crianças menores de 2 anos.

Transmissão

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Sua transmissão se dá por meio do contato direto com secreções respiratórias saídas de uma pessoa infectada. Essa disseminação viral pode acontecer durante um espirro, uma tosse ou até mesmo uma fala onde gotículas de saliva possam saltar para fora da boca.

O vírus pode sobreviver 6 horas ou mais em superfícies duras e 20 minutos na pele

Quem tem uma vez, fica imune ao vírus?

A infecção natural não proporciona imunidade duradoura contra a infecção pelo VSR; portanto, as reinfecções são comuns ao longo da vida

Os Sintomas do VSR

Os sintomas da infecção por VSR podem variar desde uma simples infecção respiratória superior, como resfriado comum com espirros, coriza, olhos vermelhos, mal estar leve, até infecções mais graves, como o desenvolvimento de bronquiolite ou quadros de pneumonia com tosse com secreção, chiado no peito, dor no peito ao respirar ou tossir e falta de ar. A Febre pode estar presente em qualquer apresentação e não necessariamente indica gravidade, porém é menos comum nos quadros de acometimento de vias aéreas superiores

Em bebês, os sintomas podem ser mais graves, com irritabilidade extrema e incluir dificuldade para se alimentar e respiração rápida.

VSR Grave

Embora a maioria das infecções por VSR em crianças seja leve e autolimitada, em alguns casos, especialmente em bebês prematuros ou com condições médicas subjacentes, a infecção pode ser grave inclusive com necessidade de internação hospitalar.

Não existe tratamento específico para infecções por VSR, por este motivo o tratamento geralmente é direcionado para o alívio dos sintomas, suporte clínico evitando as complicações e tratando-as precocemente se aparecerem e pode incluir táticas como hidratação adequada, controle da febre e suporte respiratório, quando necessário.

Fatores De Risco Para Complicações

  • Crianças prematuras
  • Doença pulmonar crônica da prematuridade
  • Displasia broncopulmonar
  • Doença cardíaca congênita
  • Alterações cromossômicas
    • Síndrome de Down,
    • Imunodeficiência congênita
    • Fibrose cística
  • Crianças com anomalias congênitas das vias aéreas
    • laringe, traquéia e brônquios,
  • Traqueostomia
  • Doença neuromuscular

Vírus Sincicial Respiratório Em Adultos

Embora seja mais comum em crianças, especialmente aquelas com menos de 2 anos de idade, o Vírus Sincicial Respiratório também afeta adultos. Em adultos jovens sem comorbidades, uma infecção por este vírus geralmente causa sintomas leves semelhantes aos de um resfriado comum, como leve mal estar e astenia (cansaço), coriza, congestão nasal, tosse leve, geralmente seca e mais raramente, febre baixa. São auto-limitadas, ou seja, se resolvem sozinhas e geralmente duram de 2 a 7 dias com uma média de 3 a 5 dias.

Já quando afeta adultos acima de 65 anos, especialmente aqueles com diagnóstico prévio doença pulmonar obstrutiva crônica, asma ou insuficiência cardíaca congestiva. ou mesmo adultos de qualquer idade com comorbidades, especialmente as que conferem enfraquecimento importante da imunidade como transplantes de órgãos, o VSR pode causar sintomas mais graves como dificuldade para respirar, falta de ar e chiado no peito e até mesmo levar a complicações sérias como síndrome respiratória aguda grave – SRAG com insuficiência respiratória de evolução rápida

Diagnóstico e Tratamento Para o VSR

A suspeita diagnóstica é realizada em consultório médico com ajuda de uma avaliação clínica, levando em consideração os sintomas apresentados, a história médica do paciente e quaisquer fatores de risco associados.

Muitas vezes o quadro é tratado empiricamente, sem a confirmação do diagnóstico. Quando a suspeita de complicações como pneumonia ou sinusite, exames de imagem como tomografias devem ser realizados.

Exames de sangue também ajudam a avaliar a gravidade da doença além do próprio exame clínico que possam eventualmente justificar uma internação hospitalar, ou mesmo o início empírico de antibióticos.

Apesar de antibióticos obviamente não surtir nenhum efeito sobre infecções virais. muitas vezes uma infecção iniciada como vírus como pode acabar evoluindo para uma infecção bacteriana isso ocorre porque a infecção viral inflama o órgão, aumenta a produção de muco e abaixa a imunidade do doente, facilitando a multiplicação de bactérias.

Se a confirmação do agente etiológico for necessária ( agente causador da infecção), isso pode ser obtido através dos chamados Testes de PCR (Reação em Cadeia da Polimerase) que identificam o material genético do vírus e geralmente são feitos a partir de secreção respiratória como secreção nasal em painéis que identificam materiais genéticos de várias infecções respiratórias virais no mesmo exame. Eventualmente exames de cultura viral podem ser solicitados.

É Possível Prevenir o VSR

  • Protocolos rígidos de isolamento em ambiente hospitalar para evitar transmissão cruzada entre pacientes.
  • Higienização frequente das mãos,
  • Evitar tocar no rosto, nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas
  • Limpar e desinfetar superfícies que são tocadas com frequência;
  • Etiqueta respiratória ( cobrir nariz e boca com a parte interna dos cotovelos ao tossir ou espirrar.
  • Evitar contato próximo com pessoas doentes
  • Evitar sair de casa se você iniciar com sintomas respiratórios ou se for sair, usar máscara para a proteção dos demais
  • Evitar ambientes fechados e aglomerados durante a temporada de infecções respiratórias.

Vacinas:

Para bebês de alto risco para complicações como os prematuros, bebês com doença pulmonar crônica da prematuridade e/ou cardiopatia congênita, recomenda-se a administração de um soro (anticorpos monoclonais específicos contra o VSR) chamado Palivizumabe usado para evitar a evolução para formas graves . Deve ser aplicado mensalmente durante o período de maior circulação do vírus. A primeira dose deve ser aplicada um mês antes do início do período e pode ser aplicado até 5 doses.

Em 2023 a ANVISA, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, liberou uma vacina contra o Vírus sincicial respiratório específica para pessoas acima de 60 anos de idade, que deve estar disponível no mercado brasileiro em breve. A Arexvy® é uma vacina proteína recombinante (não viva), isto é, constituída por uma proteína semelhante à encontrada na superfície do vírus, fabricada em laboratório, que induz à formação de anticorpos

Se você deseja saber mais sobre esse vírus não deixe de buscar ajuda de um infectologista de sua confiança.

Mais informações sobre este assunto na Internet:

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Dra. Keilla Freitas
CRM-SP 161.392 RQE 55.156-Residência médica em Infectologia pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) com complementação especializada em Controle de Infecção Hospitalar pela USP (Universidade de São Paulo); Pós-Graduação em Medicina Intensiva pela Universidade Gama Filho; Graduação em Medicina pela ELAM, com diploma revalidado por prova de processo público pela UFMT (Universidade Federal do Mato Grosso); Experiência no controle e prevenção de infecção hospitalar com equipe multidisciplinar no ajustamento antimicrobiano, taxa de infecção do hospital e infectologia em geral, atendendo pacientes internados e com exposição ao risco de infecção hospitalar; Vivência em serviço de controle de infecção hospitalar, interconsulta de pacientes cardiológicos e imunossuprimidos pós-transplante cardíaco no InCor (Instituto do Coração) ; Gerenciamento do atendimento prestado aos pacientes internados em quartos e enfermarias, portadoras de doenças crônicas e agudas com necessidades de cuidados e controles específicos.


https://www.drakeillafreitas.com.br/quem-somos/

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