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Como combater sintomas em pacientes vivendo com HIV

combater sintomas em pacientes vivendo com HIV
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Como combater sintomas frequentes em pacientes vivendo com HIV

Nenhuma medida colocada aqui substitui o tratamento com antirretrovirais. Eles são os únicos capazes de reduzir a carga viral, diminuir a inflamação causada pela infecção e evitar a progressão da infecção para a fase AIDS.

Pacientes que vivem com o vírus HIV podem ter sintomas por 3 motivos

  • Sintomas relacionados ao próprio vírus – que ocorrem especialmente quando existem altos níveis de vírus no sangue ou por longos períodos, ou seja, sem tratamento ou até os primeiros meses após o início do tratamento. 
  • Sintomas relacionados ao remédios – coisa muito pouco frequente com os esquemas disponíveis hoje em dia mas que quando surgem acontecem geralmente nos primeiros dias após a introdução dos remédios e duram geralmente apenas até o organismo se acostumar com as novas medicações
  • Sintomas relacionados a qualquer outra situação como infecções, mesmo as auto-limitadas que mesmo pessoas que não vivem com o vírus pode ter, mas em quem vive com o vírus, pode aparecer com uma intensidade geralmente devido a estado inflamatório aumentado

Quando deve-se procurar atendimento médico de urgência (SINAIS DE ALERTA)

Em algumas situações ditas de alerta, não se pode aguardar melhorar em casa e deve-se procurar atenção médica imediatamente. São Elas: 

  • Dor de cabeça intensa, seja a mais intensa da vida ou que apareça com aspecto diferente em uma pessoa que sofre com dor de cabeça recorrente.
  • Dor de cabeça que não melhora após adequada analgesia em casa
  • Dor de cabeça associada à febre e vômitos
  • Dor de cabeça com vômitos em jato, não precedidos de náuseas
  • Alteração do nível de consciência (confusão mental, agitação ou sonolência extrema)
  • Convulsões ( em que não tem epilepsia)
  • Perda de consciência 
  • Dor abdominal intensa
  • Vômitos e ou diarreia com incapacidade de hidratar-se adequadamente por via oral. 
  • Diarreia com sangue
  • Vômitos com sangue
  • Qualquer manifestação clínica ou aparecimento de febre em paciente com imunidade muito baixa ( linfócitos CD4 < 200) deve ser imediatamente comunicada ao médico infectologista que o acompanha

Náuseas e vômitos 

  • Ingerir alimentos leves e com baixo teor de gordura, como macarrão simples, frutas enlatadas ou caldo simples
  • Comer porções menores com menos intervalo ( a cada 2 horas)
  • Descanse entre as refeições, mas evite ficar deitado se for ficar deitado, eleve a cabeceira. 
  • Evitar alimentos gordurosos, picantes ou com cheiro forte
  • Chá ou refrigerante de gengibre.
  • dar preferência a alimentos mais frios
  • Picolé de limão pode ser muito bom para alívio dos sintomas
  • Hidratação é fundamental. Perdem-se muitos sais minerais pelo vômito e diarreia e se não houver uma adequada reposição a pessoa pode rapidamente evoluir para desidratação o que aumenta a gravidade dos sintomas. Controle os sintomas de forma suficiente para se hidratar corretamente e se não conseguir, isso já é por si só, indicação de procurar um pronto socorro para controle de sintomas e hidratação na veia. 
  • => Se estas medidas não forem suficientes ou os sintomas forem muito intensos, medicamentos sintomáticos como antieméticos, protetores do estômago e estimuladores do trânsito intestinal podem ser de grande ajuda.

Alguns protetores gástricos podem prejudicar a absorção de alguns antirretrovirais, converse com o seu médico sobre o seu esquema em específico

Diarreia

  • Hidratação adequada. não apenas com água. o ideal é além de aguda sucos, chás. ingerir 250 ml de sal de reidratação oral que pode ser adquirido em qualquer farmácia em pó sache para ser diluído em água filtrada ou liquido pronto para consumo. Essa quantidade deve ser ingerida por um adulto após cada evacuação líquida
  • Evitar leite, bebidas açucaradas, cafeína, 
  • Evitar comidas gordurosas, 
  • Comer devagar, mastigando bem os alimentos e com mais frequência.
  • Não force alimentar-se sem vontade, especialmente se estiver com náuseas associadas. Tudo bem ficar um breve período sem uma refeição completa, o que não pode faltar de jeito algum é hidratação. Tente comer banana, maçã, arroz e torradas e coisas mais molhadas como gelatina, sopa, creme, mingau. 
  • Experimente também reposições de flora intestinal e fibras.

uma coisa muito importante: NUNCA TOME MEDICAÇÃO PARA CORTAR A DIARREIA SEM INDICAÇÃO MÉDICA

Medicamentos como Imosec em caso de diarreia infecciosa, mesmo que seja viral, autolimitada, podem causar translocação (passagem) das bactérias do intestino para o sangue levando a infecção de corrente sanguínea ou sepse.

Perda de apetite 

  • Atividade física regular pode estimular o apetite
  • Evitar tomar líquidos imediatamente antes ou durante as refeições
  • Experimente comer porções menores e mais frequentes.
  • Inclua uma variedade de texturas, formas e cores.

Perda de peso não intencional 

  • Se esta queixa estiver ocorrendo antes mesmo do início dos antivirais, tem boas chances de melhorar naturalmente após início dos medicamentos e redução da replicação do vírus no sangue. É preciso ter muito cuidado com o que comer neste momento para não trocar um problema por outro, desnutrição e obesidade são dois extremos da má nutrição. O aumento do volume de alimentação deve ser feito de forma mais saudável possível e idealmente dentro de um programa com nutricionista. Não adianta simplesmente aumentar a ingestão de açúcares simples. 
  • Inclua mais proteínas, gorduras e carboidratos saudáveis
  • Suplementos pode ser de grande grande ajuda especialmente se estiver com pouco apetite. existe uma grande variedade do mercado a depender do que estiver com mais falta no seu organismo. 
  • Use creme, cereais e adicione sorvete às sobremesas
  • Coma frutas secas ou nozes nos lanches

Problemas de boca e deglutição 

  • Este sintoma é um dos que geralmente deve ser investigado, independente de ter sido iniciado de forma súbita arrastada. Se o diagnóstico do vírus for recente é necessário descartar a presença de alguma infecção oportunista como esofagite por cândida. 
  • Coma alimentos moles, como iogurte ou purê de batata.
  • Evite vegetais crus; em vez disso, cozinhe-os
  • Escolha frutas mais macias, como banana ou pera.
  • Fique longe de alimentos ácidos, como laranja, limão e tomate.

Lipodistrofia 

  • Lipodistrofia é alteração do metabolismo das gorduras levando desde problemas internos como alteração de colesterol, até externos como diminuição de gordura onde deveria haver um acúmulo como nas bochechas, quadris, nádegas, ou acumulo onde não deveria haver como abdome e parte superior das costas
  • Era um problema muito frequente com o uso de antirretrovirais antigos que praticamente não é uma preocupação hoje. No entanto, a circulação do vírus no organismo por longo período (demora no início do tratamento) é um dos principais fatores para este problema hoje em dia. 
  • Para ajudar neste problema você pode:
    • Reduzir o consumo de gorduras saturadas ou trans
    • Ingerir preferencialmente gorduras insaturadas e fontes de ácidos graxos ômega-3, como salmão e atum
    • Reduzir o consumo de açúcar e álcool
    • Reduzir o consumo de carboidratos simples
    • Prática regular de atividade física
    • Coma mais grãos integrais, frutas e vegetais ricos em fibras. 
  • => Quando todas estas medidas não são suficientes ou dependendo da gravidade do quadro inicial, suplementação hormonal como testosterona pode ajudar, mas nunca de forma isolada e sempre com o acompanhamento próximo do médico especialista.

 

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Dra. Keilla Freitas
CRM-SP 161.392 RQE 55.156-Residência médica em Infectologia pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) com complementação especializada em Controle de Infecção Hospitalar pela USP (Universidade de São Paulo); Pós-Graduação em Medicina Intensiva pela Universidade Gama Filho; Graduação em Medicina pela ELAM, com diploma revalidado por prova de processo público pela UFMT (Universidade Federal do Mato Grosso); Experiência no controle e prevenção de infecção hospitalar com equipe multidisciplinar no ajustamento antimicrobiano, taxa de infecção do hospital e infectologia em geral, atendendo pacientes internados e com exposição ao risco de infecção hospitalar; Vivência em serviço de controle de infecção hospitalar, interconsulta de pacientes cardiológicos e imunossuprimidos pós-transplante cardíaco no InCor (Instituto do Coração) ; Gerenciamento do atendimento prestado aos pacientes internados em quartos e enfermarias, portadoras de doenças crônicas e agudas com necessidades de cuidados e controles específicos.


https://www.drakeillafreitas.com.br/quem-somos/

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